Nuances da simulação realística

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Atriz da ATO escreve artigo sobre sua percepção em ser uma paciente simulada.

Daniele Melo, atriz e arte-educadora faz parte do casting de atores e atrizes da ATO participando de simulações clínicas como paciente simulada.

Sua primeira simulação foi com a ATO e desde então têm se aprofundado no tema.

Confira trechos do artigo que ela publicou em sua rede social de negócios.

O paciente simulado é um instrumento de aprendizado durante o curso de medicina em diversos países. Essa realidade revela uma necessidade de especialização por parte do elenco.

“Nunca desmonte a personagem.” Esse é um dos mandamentos do teatro físico que, por vezes, exige que você permaneça na personagem por horas ao longo de um espetáculo. Embora haja algumas controvérsias sobre o conceito deste estilo, é unânime que ele tem como característica primordial a constante busca pelo aprimoramento do ator pelo uso do corpo em cena.

Outro elemento fundamental para o ator desenvolver suas atividades é o exercício de jogos de improviso, pois uma cena de improviso é o resultado de trabalho, empenho e muita análise do comportamento humano. Se o resultado será bom? Só se lançando para saber!

Em simulação realística essa necessidade torna-se ainda mais evidente, pois estamos falando de aulas que duram no mínimo uma hora e meia. Acrescida a essa dificuldade, a personagem deve ser construída de maneira rápida, logo, o improviso também é uma constante. Fácil não é, mas sinceramente… é uma delícia! Para compreender o conceito:

“O curso de medicina precisa realizar provas práticas, mas para não comprometer a integridade física e emocional de um paciente real, eles contratam atores para essas provas práticas. É isso que eu faço!” Com essas palavras, Karen Estevam, fundadora da ATO, empresa especializada em atores para realização desse trabalho, resume e introduz o assunto de seu e-book “Atores Profissionais para Simulação Realística”.

(…)

A “tradução” do briefing do cliente para o ator é necessária, ou como disse a Karen em sua participação na série de lives da Associação Brasileira de Simulação na Saúde, realizada em abril deste ano, “do mediquês para o português”. A coordenadora Drika Miotto, que atua diretamente em campo durante as simulações, conduzindo o trabalho dos atores, contribui também com essa missão mais teórica, pois no briefing do caso há diversos termos técnicos com os quais o ator não está familiarizado, aumentando a complexidade do trabalho artístico a ser realizado. É parte do nosso trabalho de mesa de cada dia, em se tratando de atrizes e atores.

Como atriz, é extremamente satisfatório poder fazer parte de um trabalho que amo, caminhando em conjunto com a área da educação, ainda mais em medicina que, sabemos, precisa estar aliada à questão da humanização e do cuidado para o cuidado. Posso concluir que simulação realística é uma etapa muito séria na formação de profissionais de saúde e devemos direcionar máximo respeito a todos os envolvidos nesse processo, sejam médicos, educadores, atrizes, atores e demais envolvidos diretamente nessa atividade.

Atriz Dany Melo como paciente simulada, caracterizada para participar de uma simulação realística com a ATO.

Em 2021 a ATO promoveu uma série de lives e uma delas teve como convidada a atriz Dany Melo. Sua participação foi muito rica e durante a live, Melo mostrou seu diário de processos, que usa para estudar as personagens (pacientes simuladas) e anotar seus processos como atriz de simulação. Este tema rendeu uma matéria aqui no blog da ATO na qual Karen, fundadora da ATO entrevista a atriz Daniele Melo.

Saiba mais sobre o diário de processos, leia a matéria: https://www.atoresprofissionais.com.br/blog/publicacao/1152797/diario-de-bordo

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