Fundadora da ATO agora é especialista em Simulação Clínica

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No mês de abril deste ano a fundadora da ATO, Karen Estevam, concluiu o curso de Pós-Graduação – Multiprofissional Simulação Avançada e Metodologias Ativas na Saúde, promovido pela IPEMED. Esta foi a primeira edição do curso, que inclusive é inédito no Brasil.

A IPEMED é uma instituição de ensino que é referência em inovação e pioneirismo no setor de pós-graduação médica no país e especialista em cursos que atendem às mais variadas demandas da educação continuada.

Considerando que o segmento de simulação clínica é algo bastante novo e ainda muito desconhecido como metodologia de ensino, ter à frente da ATO uma especialista no assunto é significativamente importante e nessa entrevista, Karen compartilha como foi essa experiência.

Qual o nome do curso?
Pós-graduação – Multiprofissional Simulação Avançada e Metodologias Ativas na Saúde (turma 01)

Em qual instituição de ensino foi realizado?
IPEMED – SÃO PAULO

Qual o objetivo do curso?
Por ser uma especialização multiprofissional, o curso oferece aos docentes de todas as áreas das ciências da saúde a conhecer, aprofundar, incluir e praticar as diversas estratégias ativas de aprendizagem, bem como o moderno e avançado campo da simulação clínica ou cirúrgica. Nele, serão abordados o uso adequado da Simulação na Saúde e outras metodologias ativas de ensino pautadas pelos pilares da andragogia. Além disso, o curso destina capacitar profissionais que atuam na educação em saúde com inovadoras formas de ensinar, técnicas de capacitação docente em saúde para inserção, integração e avaliação curricular baseado em simulação e suas técnicas e demais estratégias ativas de aprendizagem.

Quais ensinamentos te chamaram mais atenção durante o curso?
De início, me chamou muita atenção outras metodologias ativas que não tinha tanto domínio na prática, como TBL e Escape Room (gameficação), além de me aprofundar mais na Taxonomia de Bloom. Os ensinamentos e práticas de como elaborar um cenário de simulação também foram de grande aprendizado, pois foi um excelente complemento de cursos que já havia feito sobre o tema.

Qual a formação da maioria dos alunos?
Era uma turma bem diversa, médicos e médicas, em sua maioria, que já trabalhavam com simulação, enfermeiros responsáveis pelos laboratórios de simulação ou que iriam implementar centro de simulação. Mas eu era a única fora da área de medicina e enfermagem.

Esse foi o primeiro curso de pós-graduação voltado para formação de profissionais do segmento de simulação. Como você avalia essa primeira edição?
Sim, é a primeira Pós-Graduação em Simulação do país! É um avanço muito grande e uma conquista para o universo da simulação clínica. Como primeira turma, acredito que algumas coisas serão ajustadas, faz parte de toda implementação. É um curso bastante promissor e que só tem a evoluir e ter cada vez mais simulacionistas interessados em se especializar.

Qual o tema do seu trabalho de Conclusão de Curso? Fale um pouco sobre como foi a produção desse trabalho.
Os coordenadores nos deram algumas opções em relação a isso: escrevermos um artigo, com intuito de publicá-lo em alguma revista científica após a conclusão do curso; elaboração de um cenário de simulação em sua totalidade (caso clínico completo), contemplando alguns critérios como tipo de simulação, checklist, tipo de debriefing, instrumento de mensuração ou até mesmo trazer algum projeto que já estivesse em andamento. Eu decidi iniciar elaborando uma revisão integrativa de literatura que, posteriormente, iria corroborar com meu início de pesquisa e projeto no Mestrado. Então dei início a esta revisão, mas ela ainda está em processo de finalização. Para conclusão da Pós-Graduação, juntei-me à colega Daiana Tonellotto, que é ginecologista e elaboramos um cenário de simulação que abordasse assuntos que ambas tivessem domínio: ginecologia e obstetrícia e cenário com paciente simulado. Foi incrível trabalhar junto com a Daiana.

Qual disciplina teve mais facilidade e mais dificuldade?
Acredito que o que tive mais facilidade foram módulos que abordavam o recurso de paciente padronizado/simulado, pois faz parte da minha prática diária de trabalho e senti bastante dificuldade nos módulos mais técnicos (da medicina), que precisávamos elaborar calendário e plano de aula etc, como não sou médica essas pautas eram mais desafiadoras para mim.

Como você já atua com simulação, teve oportunidade de troca de conhecimentos durante o curso com os próprios professores?
Com certeza. Revi e reencontrei alguns professores que eu já conhecia então consegui conversar enquanto colega de profissão mesmo. Conheci professoras e professores incríveis que trocamos contato e comecei a seguir o trabalho, além de poder compartilhar experiências com os próprios colegas da turma.

Como você avalia o corpo docente?
Excelente. Estrategicamente pensado para que fosse possível entregar o melhor conteúdo para nós, porque tivemos aulas com grandes profissionais da simulação. Como este é um ramo ainda em expansão aqui no Brasil, muitos profissionais se conhecem e as referências se repetem em muitos momentos. A começar pelos coordenadores do curso, Dra. Carolina Soares e Brandão e Dr. José Generoso Júnior (presente na foto) que estão trabalhando fortemente para a expansão da simulação clínica aqui no Brasil.


Referências:

  • SITE IPEMED: https://www.ipemed.com.br/pos-graduacao-medica/multiprofissional-simulacao-avancada-e-metodologias-ativas-na-saude

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