No universo da simulação clínica com atores existe uma linguagem que mescla os termos das arte cênicas, da área da saúde e claro, os termos específicos da simulação clínica. Então para ajudarmos você a compreendê-los melhor, escrevemos um artigo explicando 11 termos que são muito utilizados no nosso dia a dia, você pode ler esta matéria aqui: https://atosimulacaoclinica.com.br/simulacao-clinica-com-atores-11-termos-bastante-utilizados/.

No artigo de hoje vamos nos aprofundar no termo 9 que citamos na matéria acima, o “Debriefing”.

Debriefing

A palavra “Debriefing” é originada da palavra “debrief ” que significa obter informações (de alguém) no final de uma missão. 

O debriefing é uma conversa bidirecional, interativa e reflexiva entre facilitador e participantes, sendo muito utilizado após as atividades simuladas. Esse momento foi criado para analisar e melhorar o desempenho e a eficácia dos participantes por meio de lições aprendidas e reforços de comportamentos positivos.

A discussão pós-simulação é uma parte fundamental da simulação clínica, pois permite que os participantes reflitam sobre suas ações e aprendam com a experiência, além de promover o desenvolvimento do julgamento clínico e das habilidades de pensamento crítico.

A sua importância

O Debriefing é um dos processos mais importantes das simulações clínicas. Essa conversa foi pensada para encorajar o pensamento reflexivo dos participantes e fornecer feedback sobre seu desempenho.

O momento do Debriefing é conduzido por instrutores competentes e especialistas no assunto, pois essa conversa precisa ser liderada de forma compreensiva e profissional com o objetivo de maximizar o aprendizado decorrente da simulação.

Nas simulações que fazemos na ATO os atores podem ou não participarem do momento do debriefing, mas isso não é uma regra já que este momento é direcionado ao aprendizado do participante, que nesse caso, são os alunos. 

E como o ator participa no debriefing? Passando o seu feedback logo na abertura do debriefing ou quando solicitado pelo facilitador, geralmente os atores são solicitados a passarem esse feedback nos 5 minutos iniciais para que o ator possa se retirar e o facilitador/professor seguir com os alunos, sem a presença do ator, assim podem discutir entre pares e em ambiente mais reservado, considerando que os assuntos abordados serão mais técnicos e de habilidades.

Os atores podem ficar durante todo o debriefing se o objetivo da simulação for algo voltado exclusivamente para comunicação, humanização, acolhimento e empatia. Então, os atores participam do momento do debriefing, compartilhando seu feedback dependendo do objetivo da atividade simulada.

Mas você sabe o que é e como fazer um feedback do ator no momento do debriefing? Ou ainda, porque é importante solicitar o feedback do ator quando um dos objetivos da simulação é comunicação, por exemplo? Podemos abordar mais sobre esse assunto aqui, fique atento aos nossos conteúdos!

Aqui na ATO também passamos bastante feedback para nossos atores após a simulação, mas isso não é considerado um processo de debriefing. Já escrevemos uma matéria sobre a diferença desses dois termos e você pode ler aqui: https://atosimulacaoclinica.com.br/feedback-e-debriefing/.

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Referências:

• LOPREIATO, Joseph MD, MPH, CHSE-A. “Dicionário Simulação na Área da Saúde 2ª Edição”. 
• FERREIRA, Claudenice; CARVALHO, Josiane Martins; CARVALHO, Fernando Luís de Queiroz. “Impacto da metodologia de simulação realística, enquanto tecnologia aplicada à educação nos cursos de saúde”.