Nos últimos anos, testemunhamos avanços extraordinários no campo da simulação clínica, um setor que está rapidamente se tornando uma área de oportunidade interessante para o aprimoramento dos ensinos em saúde e, também, para os profissionais atores, que agora podem exercer a profissão também no segmento da simulação clínica.
Esta é uma jornada emocionante que não apenas abre portas para oportunidades profissionais inovadoras, mas também contribui para a melhoria contínua na qualidade da educação em saúde. É a fusão criativa de artes cênicas e ciências médicas, moldando um futuro em que a simulação clínica se torna uma experiência rica e autêntica para todos os envolvidos.
QUANDO SURGIU A SIMULAÇÃO COM ATORES
O trabalho de simulação clínica surgiu em meados de 1960 com o Professor Howard S. Barrows, que simulou o primeiro paciente padronizado em uma aula de neurologia na qual havia a necessidade de apresentar uma paciente paraplégica com esclerose múltipla.
A técnica foi adotada primeiramente no exterior e no Brasil há duas décadas. No início, os primeiros profissionais não tinham entendimento sobre como proceder para que o resultado saísse como esperado. Os atores, tinham o conhecimento técnico da prática cênica e no que se refere à atuação nas simulações, tudo era feito de forma intuitiva. Não existia um treinamento específico para isso, o que era insuficiente.
É importante ressaltar que o treino especializado e capacitação para as simulações são fundamentais para que os atores possam compreender o que é a simulação, como deve ser a atuação deles e para que seja possível uma melhor espontaneidade, confiança e até mesmo para servir como ferramenta em momentos críticos como improvisos, que são altamente delicados e perigosos.
SIMULAÇÃO CLÍNICA: UMA NOVA FRONTEIRA PARA ATORES E ATRIZES
Uma das principais fronteiras a ser ultrapassada pelo ator é entender a importância do treinamento para que tenham condições de reproduzir de forma fidedigna a apresentação clínica de um paciente; não apenas sua história, mas também a linguagem corporal, os
achados físicos, as características emocionais e de personalidade.
Outro ponto a ser compreendido é o fato de que “O ator nunca será protagonista em uma simulação.”, segundo Karen Estevam, atriz e proprietária da ATO. O ator que estará nas simulações precisa compreender qual o seu papel, seu limite e o quão ele é responsável pelo aprendizado em saúde.
“O papel do ator é fundamental, mas o protagonista será sempre o ensino, o aprendizado e o estudante”, afirma Karen Estevam.
Vale ressaltar a importância do treinamento adequado em sua totalidade para os atores para que seja possível chegar à excelência e ter os resultados esperados com sucesso e profissionalismo, sempre pautados no objetivo de aprendizagem.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
À medida que avançamos para o futuro, é evidente que o segmento de simulação clínica continuará a prosperar. Seja você um educador em saúde, empreendedor, profissional de tecnologia ou entusiasta da inovação, este é o momento de explorar as vastas oportunidades que esse campo oferece.
Ao investir no desenvolvimento de tecnologias avançadas, promover a colaboração interdisciplinar e abraçar a evolução constante, os atores envolvidos no segmento de simulação clínica podem não apenas moldar o futuro da educação em saúde, mas também contribuir para aprimorar a prestação de serviços de saúde em escala global. A simulação clínica é mais do que uma tendência; é uma jornada de descobertas e oportunidades ilimitadas.